Jissindra

Jissindra nasceu em Suramar no ano 2. Oriunda de família humilde na cidade, desde pequena ela foi acostumada a trabalhar e a lutar pelo seu ganha pão. Seu pai trabalhava no Vinhedo do Crepúsculo e sua mãe trabalhava na Casa Lunastre, como criada.

Sua vida era pacata, apesar de ela se alimentar exclusivamente de suco de mana, um subproduto do Vinho Arcano, regulado pelo Estado. Jissindra não gostava do suco, por isso durante toda sua infância ela se alimentava muito pouco.

Quando Jissindra cresceu, Ly’leth se sensibilizou com a menina que apesar de ser tão magrinha, era tão inteligente. Ela lhe ofereceu um curso de magia na Universidade de Suramar, para que ela pudesse aflorar seus talentos.

Os pais de Jissindra, Lissandra e Ethanel, concentraram todas suas poucas economias na formação dela, que passou a ser uma aluna de muito êxito. Ela encarava o curso como a oportunidade de dar aos seus pais um futuro mais confortável.

No entanto, quando Jissindra estava a pouco tempo de se formar, Gul’dan reapareceu para Elisande, chantageando-a para que colaborasse com a Legião em troca de sua sobrevivência. Isso gerou enormes tensões na cidade e as pessoas começaram a desaparecer.

Veladamente, falava-se que a Grã Magistra estava matando seus opositores. A barreira que protegia a cidade foi baixada e a Legião marchou sobre as ruas de Suramar. O povo, atônito, receava em reagir dado o racionamento de vinho arcano que foi imposto.

Ethanel, que trabalhava no Vinhedo, trazia todos os dias para casa a tristeza e sofrimento estampados em seu rosto. Ele via diariamente amigos sendo executados pela Vigia Crepuscular e via que tudo que ele produzia era destinado primeiro aos nobres e que estava cada dia mais difícil se manter com o que ganhava.

Jissindra interrompe seus estudos para ajudar a mãe no serviço na Casa Lunastre, para tentar conseguir algum sustento a mais para o lar. As coisas iam mal até que um dia seu pai não chega em casa no horário costumeiro.

Ao invés dele, aparece em sua porta um soldado da Vigia Crepuscular, chamado Thandrys. Ele vem trazer a notícia de que Ethanel havia sido morto em um princípio de greve no Vinhedo. Desesperada, Jissindra sai de casa disposta a vingar seu pai.

Quando ela chega na porta do Vinhedo, ela não pensa duas vezes. Ela começa a conjurar magias de fogo, as mais fortes que ela havia aprendido, quando é interrompida e presa pelos guardas da Vigia Crepuscular.

Jissindra então é levada aos campos de prisioneiros de Elisande. Lá, ela começa a fenecer, devido a falta de Vinho Arcano. Entre seus delírios, ela começa a ouvir vozes e sussurros ao seu entorno.

Essas vozes eram dos capatazes da Legião, que transformam-na em cobaia de experimentos com magia vil. Além dos experimentos, ela é torturada por duas semanas. Quando ela estava muito fraca para seguir como cobaia, o capataz da Legião ordenou que ela fosse executada.

Em meio a esse desespero, enquanto ela era escoltada para o campo de execução, a guarnição é parada por um soldado, que informa que está encarregado da execução e que levaria a prisioneira sozinho. Era Thandrys, que havia reconhecido ela e, sem que os outros guardas o vissem, leva ela para um pátio afastado.

Lá ele alimenta Jissindra com Vinho Arcano, lhe dá uma pequena bolsa com provisões e uma adaga. “Fuja para longe de Suramar, caminhe até Shal’Aran, lá você encontrará ajuda.” Com essas palavras, Thandrys se despede de Jissindra, lhe dando a chance de lutar mais uma vez.

O campo era perto de um assentamento da Legião, nos arredores do Castelo Almavil. Thandrys havia facilitado sua fuga mas ela estava por conta própria e teria de se virar sozinha, pois ninguém poderia saber que ele havia lhe ajudado.

Ela não podia voltar para Suramar, pois isso colocaria a mãe dela em risco de ser presa também. Jissindra então foge para as encostas e passa a se esgueirar pela mata.

Ela nunca havia andado fora das calçadas de Suramar. Seus pés doíam e ela sabia que a fome não iria demorar a aparecer. Então, ela encontra uma Caverna onde aparentemente ela pode se esconder por um tempo.

A Caverna parece habitada. Ela começa a mexer nos objetos. Parece que a Caverna é o lar de alguém muito sinistro, pois além de poções com cheiros horríveis, ela encontra um livro velho. Por curiosidade ela começa a ler o livro, que contém feitiços macabros e rituais de invocação.

Vendo o poder que aquilo continha, Jissindra pega o livro e procura abrigo em outra caverna na encosta. Era um livro de bruxaria e aquilo era bastante assustador. Enquanto ela estava entretida lendo, ela não percebe a entrada de um Guarda Vil da Legião que lhe aponta a arma e lhe dá voz de prisão.

Jissindra, em um ato de desespero, começa a conjurar um dos feitiços do livro. Quando ela menos percebe, sai de suas mãos uma seta do Caos, que destroça o corpo do Guarda. Jissindra, sem saber, acabara de se tornar uma bruxa. Aquele livro continha ensinamentos de invocação de demônios e muitos feitiços devastadores.

Ela foge apavorada, pois está confusa com o que acabara de fazer. Correndo pela mata, ela vê heróis da Horda correndo. Como ela nunca havia visto aquele povo, ela resolve segui-los e chega em Shal’Aran.

Ao encontrar Thalyssra, de quem ela havia somente ouvido falar por intermédio de Thandrys, ela conta sua história e é acolhida pela rebelião. Jissindra então é alimentada pela Arcan’dor e encontra um novo lar, sabendo que ainda pode lutar pela liberdade de seu povo.

Jissindra então passa a ajudar na rebelião e Thalyssra envia-a para Dalaran para conhecer Ritssyn Esgardechama, um poderoso bruxo do Conselho da Colheita Negra. Lá, ela inicia um treinamento propriamente dito, se especializando na magia que acabara de conhecer.

Sua aptidão para bruxaria espanta Ritssyn. Ela consegue dominar com naturalidade os feitiços e inclusive acaba percebendo que um dos efeitos inesperados da tortura que sofrera pela Legião é a conjuração de fogo verde, algo que outros bruxos passam a vida treinando para tal.

Assim, Jissindra se forma como bruxa durante o fim da Batalha em Antorus. Com a queda da Legião, ela volta para Suramar para encontrar sua mãe.
Ao chegar em casa, Lissandra, que achava que Jissindra estava morta, fica muito aliviada com a notícia do retorno de sua filha.

As notícias de que, graças a ajuda da Horda e a Arcan’dor, os filhos da noite eram livres para se espalhar por Azeroth, prosperar e se alistar nas linhas de frente da Horda mudaram o ânimo da cidade. Suramar novamente respirava esperança.

Apesar de ser uma pessoa simples, Lissandra era uma elfa de muita coragem e para ela essa era uma ótima oportunidade para sua filha conhecer um mundo novo, já que sua casa estava segura.

Jissindra se afeiçoou pela Horda graças a ajuda que recebera em Shal’Aran e ao tempo que ficou em Dalaran. Faz todo sentido para ela retribuir a ajuda utilizando os ensinamentos que ela recebera.

Jissindra então parte para Orgrimmar para iniciar suas aventuras por Azeroth e está desbravando as masmorras de Zandalar e Kul’Tiras, cada vez mais engajada com a Horda.

Ela usa esse tempo para aprimorar suas novas habilidades, mas também percebe que lutar pela Horda requer mais que isso. Enfrentar batalhas requer resiliência, paciência, persistência e que mesmo assim eventualmente as coisas podem não sair como o planejado.

Sair de Suramar depois de tantos anos para ela parece estranho, de modo que as incertezas que todas as formas de vida de Azeroth convivem lhe pareçam absolutamente novas e assustadoras. De certo modo, a “estabilidade” de sua vida não lhe serviu de aprendizado para esse novo mundo.

Entre muitas idas e vindas a Zuldazar, Jissindra conhece Golimär. Após alguns encontros restritos a “bom dia” ou “boa tarde”, eles passam a conversar sobre amenidades e sobre a vida em Azeroth em tempos de paz.

No meio da Quarta Guerra, essa conversa reconforta o sacerdote, que traz consigo alguns anos de batalha nas costas, da mesma forma que faz Jissindra abrir sua visão para o mundo e expandir seus horizontes.

Eles se tornam amigos e o tauren vê em Jissindra um grande potencial, apesar da inexperiência e insegurança dela. A partir disso, Golimär passa a levar Jissindra em suas incursões e lhe ensinar sobre o dia a dia em combate e a mais importante lição que ela aprende: a conciliar diferentes linhas de pensamento dentro de um grupo e gerenciar diferentes temperamentos.

Após o fim da Quarta Guerra e da incursão nos reinos do Império Negro, eles retornam de Ny’alotha, rumando para Orgrimmar, na esperança de ter tempo para aproveitar tempos de paz.

Ledo engano. Ao chegar, eles recebem as notícias vindas da Coroa de Gelo e decidem que é hora de partir para lá. Eles adentram as Terras Sombrias para enfrentar os desafios dos reinos da morte e colocar um fim às loucuras de Sylvanas.

Em um primeiro momento, Jissindra fica em Oribos, pois Golimär decide levar tropas mais experientes. Ela aproveita esse tempo para estudar sobre as Terras Sombrias e sobre seus habitantes.

Após o sucesso na incursão do Castelo de Nathria, Golimär decide que é hora de colocar Jissindra à frente do grupo, visto que havia baixo número de recrutas e ele não havia conseguido bruxos para o seu destacamento.

Se colocando na reserva, Golimär passa a atuar como mentor e como substituto em caso de ausências na frente de batalha no Sacrário da Dominação.

Nasce então a liderança de Jissindra, aflorando seus talentos, mas também seguindo os ensinamentos de seu amigo e mentor Golimär. Com coragem e persistência, Jissindra leva seu grupo ao sucesso no Sacrário da Dominação e marcha em direção a Zereth Mortis.

Ela novamente obtém um grande sucesso na campanha, de modo que agora ela está pronta para os novos desafios que Azeroth possa lhe oferecer. Depois de triunfar sobre o Carcereiro, é hora de voltar para casa.

Será que ela terá tempo de explorar Azeroth e expandir ainda mais seus horizontes? Só o tempo dirá, mas é certo que Jissindra sai das Terras Sombrias repleta de experiência, sabedoria e a certeza que o futuro cada dia mais pode lhe ser promissor.

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