Diásporas
Olá Azeroth.
Os sombrios corredores da Cidadela do Fogo do Inferno têm colocado à prova a tenacidade e a resiliência de seus desafiantes desde o lançamento do patch 6.2.
Embora muita gente diga que a expansão Warlords of Draenor® tenha deixado muito a desejar, por inúmeros motivos, ainda é possível encontrar guildas brasileiras tentando progressão mítica em todos os servidores dedicados ao Brasil.
Os desafios para essas guildas tem transcendido o plano do gameplay. O fim da dificuldade heroica e o início da dificuldade mítica impõe um limiar impiedoso.
-O limite de onde um core casual/semi-hardcore pode chegar-
Progressão mítica, por definição, é o maior desafio imposto pelo jogo. É a dificuldade planejada para aqueles jogadores que extraem de seus personagens algo próximo de seus limites teórico-simulados. Por isso, a Blizzard® optou pelo modelo inflexível de raide para 20 jogadores.
É nesse ponto que os cores casuais/semi-hardcore começam a encontrar impiedosas barreiras. Esse perfil de jogador, que perfaz significativa parte dos jogadores brasileiros ocasionalmente falta ou se atrasa nos horários de reunião do core pelos mais diversos e compreensíveis motivos, dentre eles: problemas técnicos, compromissos familiares, viagens, compromissos sociais, profissionais e afetivos. Sim, todos temos e devemos ter uma vida plena fora de Azeroth.
Aí reside um divisor. Servidores de população média/baixa possuem poucas guildas com jogadores aptos a ingressarem nessa dificuldade, seja pela exigência de equipamento, seja pela oferta de novos integrantes que conheçam as batalhas, que tenham intimidade com a classe que jogam e com seu personagem. Isso significa dizer que a reposição de jogadores é uma tarefa extremamente difícil, principalmente nesse momento de crepúsculo da expansão.
Para destacar esse ponto de vista, vejamos as seguintes estatísticas fornecidas pelo site www.wowprogress.com:
Servidor | Progressão Mítica Horda | Progressão Mítica Aliança | Guildas 13/13M Horda | Guildas 13/13M Aliança |
Goldrinn | 7 | 13 | 0 | 1 |
Nemesis | 2 | 17 | 0 | 1 |
Gallywix | 4 | 6 | 0 | 0 |
Tol Barad | 0 | 2 | 0 | 0 |
Azralon | 56 | 0 | 13 | 0 |
Nessa tabela vemos o abismo que existe entre o servidor Azralon e os demais servidores brasileiros, no que diz respeito a progressão mítica.
Se você optar por jogar na Aliança, você só conseguirá progressão mítica no Nemesis e no Goldrinn. Se você for horda, sua melhor chance é o Azralon. Servidores como Tol Barad e Gallywix vivem em um triste vazio de conteúdo PvE. Dos 120 servidores da Blizzard dedicados à América, o Gallywix fica em 112º lugar nos rankings e o Tol Barad amarga a lanterna do ranking, em 120º lugar.
Diante desse cenário, vemos que os cores que estão emperrados no início do mítico sofrem com a reposição de membros faltantes e aqueles jogadores que conseguem galgar lugares nos cores mais avançados, acabam desfalcando ainda mais os cores no início do mítico. É comum vermos guildas que não raidam a meses, justamente por não conseguir repor as lacunas.
A inflexibilidade da raide, para essas guildas, é uma dificuldade maior que a própria dificuldade das lutas. Cores se separam, param de raidar, pessoas e amigos se separam por causa da inflexibilidade, que deveria ser uma palavra distante do mundo de Azeroth.
Nesse momento, o abatimento é o sentimento mais presente para quem tentou ingressar no mítico e esbarrou nessa particularidade. Fica a lição baseada nas estatísticas expostas e a resignação em preferir ficar entre seus amigos de gameplay.
Pela Horda!